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Umbanda Não é Palco: É Missão

  • tecpr4
  • 22 de jul.
  • 3 min de leitura

Ei, você, médium…


Respire fundo e se pergunte com sinceridade:

Por que você está na religião?

Por que você veste o branco, entra no terreiro, canta os pontos e incorpora as entidades que te guiam?


É por admiração a alguém?

É por obrigação?

É por medo do que pode acontecer se você sair?

É por vaidade, para ser visto, aplaudido?

É porque está na moda e você quis fazer parte?


Se a sua resposta sincera a alguma dessas perguntas for sim…

Pare tudo. Recolha-se. Reflita. Recomece.


A mediunidade não é um título.

A Umbanda não é palco.

O terreiro não é vitrine.

Ser médium é missão, não é status.


Mediunidade é entrega. É doação. É humildade.

É ouvir mais do que falar. É trabalhar mais do que aparecer.

É aceitar que o seu corpo, a sua energia e a sua vida estarão a serviço de algo muito maior que você.


É entender que o terreiro não existe para massagear o ego de ninguém, mas para curar almas, acolher dores e transformar consciências.


Estar na religião por vaidade ou conveniência é como vestir uma roupa sagrada com as mãos sujas de orgulho. É faltar com respeito às Entidades, aos Orixás, aos Guias e principalmente a você mesmo.


Umbanda é amor. É caridade. É disciplina. É responsabilidade.


Umbanda é serviço silencioso e gratificante.


Umbanda é caminhar com os pés firmes no chão e o coração aberto ao Alto.


E não basta apenas estar dentro de uma casa espiritual. É preciso estar por amor, e não por comodidade, dependência ou culpa.


Você não deve se manter em um terreiro por medo de desagradar alguém, ou porque acha que será punido se sair.


Você não deve ocupar um espaço sagrado se não há mais verdade, se o coração já não pulsa, se a fé se apagou.


A permanência em uma casa espiritual deve ser motivada pela afinidade de alma, pelo chamado do coração, pela missão compartilhada com seus irmãos e com seus guias.


Ficar por obrigação transforma o terreiro em prisão. E ninguém serve à Luz de forma verdadeira enquanto carrega correntes nos pés.


Além disso, o Centro Espírita não deve ser usado como palco para uma busca incessante por reconhecimento, aceitação, poder ou amizades.


O reconhecimento e a aceitação que você procura precisam nascer de dentro de você. No espelho da sua consciência e na paz da sua entrega.


A Umbanda não é um lugar exclusivamente para suprir carências emocionais, e sim um templo de trabalho e elevação espiritual.


Os laços afetivos verdadeiros surgem naturalmente no convívio respeitoso e no servir ao próximo. São consequência da jornada, nunca o objetivo final.


E se, após toda essa reflexão, você decidir continuar na caminhada, então abrace com verdade esse caminho.


Assuma com responsabilidade e gratidão a escolha que fez.


Cumpra os resguardos com amor, não com reclamações.


Ajude nas limpezas e obrigações com alegria e respeito.


Esteja presente nas giras, não faltando por motivos fúteis ou descabidos.


E acima de tudo:

Não se deixe contaminar por fofocas destrutivas. Porque nenhuma fofoca tem, teve ou terá o objetivo de construir. Fofoca é veneno da alma e pedra no caminho da fé.


A boca que fala mal, desrespeita o sagrado e o ouvido que acolhe o mal, se afasta da luz.


Umbanda é união, não divisão. É respeito, não julgamento.


Não tenha medo de sair, se for preciso.


Mas também não fuja por capricho ou vaidade ferida. Entenda que uma casa possui regras e não deve ser vista como colônia de férias onde você entra e sai quando bem entender.


Quem ama e entende seu lugar, permanece com dignidade e verdade. Quem ama a Umbanda sabe que uma casa espiritual não é uma prestação de serviço: é um templo, é um chão de fé, é um ponto de reencontro com sua essência.


Então, olhe para dentro e se pergunte novamente:

Por que estou aqui?


Se a resposta for:

"Porque minha alma encontrou um chamado,

porque quero servir com verdade,

porque minha consciência desperta se alegra em ajudar o outro..."


Então siga em frente.


Porque você está no caminho certo.


Mas se ainda houver dúvida, não tenha medo de parar, repensar, e realinhar sua jornada. Ainda assim, você estará no caminho certo.


A Umbanda não expulsa ninguém, mas ela exige verdade.


Ser médium é um privilégio.

Ser médium é um sacerdócio.

Ser médium é ser ponte entre o Céu e a Terra.


E ponte nenhuma se sustenta com mentiras, interesses ou vaidade.


Texto: Michel Dourado - Dirigente Espiritual - CECPR

Data: 22/07/2025

 
 
 

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