O Preço Invisível da Fofoca
- tecpr4
- 11 de jul.
- 2 min de leitura
Quantas horas, dias ou até anos de vida já foram desperdiçados em conversas vazias, alimentadas por julgamentos e suposições alheias? A fofoca, disfarçada de “preocupação” ou “curiosidade inocente”, é uma das maiores armadilhas da existência. Ela corrói o silêncio interior, destrói vínculos, distorce verdades e, acima de tudo, atrasa o nosso processo de evolução.
É fácil falar do outro. É confortável apontar falhas, rir de tropeços, ampliar defeitos. Mas o que se ganha com isso? Nada que edifique. Nada que transforme. Pelo contrário: enquanto alimentamos a energia da fofoca, nos afastamos de nós mesmos. Damos as costas ao nosso propósito e abrimos mão da chance de crescer, de aprender, de ser melhores.
A espiritualidade verdadeira exige responsabilidade com aquilo que pensamos, falamos e sentimos. Toda vez que usamos a palavra para diminuir alguém, nos diminuímos junto. Toda vez que escolhemos o caminho do julgamento, nos afastamos da compaixão e sem compaixão, não há luz.
Já imaginou quanta coisa bonita poderia ser construída com o tempo que se gasta falando da vida alheia? Um livro lido. Uma oração feita. Uma ferida curada. Um talento descoberto. Uma ajuda oferecida. Um passo a mais em direção ao autoconhecimento. O tempo que entregamos à fofoca é o mesmo tempo que nos falta quando dizemos “não tenho tempo pra mim”.
Quem foca no outro, esquece de si. Quem se perde em boatos, se atrasa no próprio caminho. E quem escolhe evoluir, silencia. Observa. Trabalha em si. E transforma, em silêncio, sua própria história.
Não se distraia. A vida é curta demais para viver à sombra dos erros alheios. Foque em você. Invista no seu crescimento. Cuide da sua alma. A sua jornada merece ser guiada pela luz da consciência, não pela sombra do falatório.
Lembre-se: quem cuida da própria alma não tem tempo para cuidar da vida dos outros.
Texto: Michel Dourado - Dirigente Espiritual - CECPR
Data: 11/07/2025
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